TENENTE DA POLICIA MILITAR É SUSPEITO DE ASSEDIAR SOLDADO.

Um tenente da Polícia Militar (PM), que atua na cidade de Itaobim, na região do Jequitinhonha, é suspeito de tentar agarrar a força uma soldado da corporação em uma pousada onde estavam hospedados na cidade de Divisa Alegre, na mesma região. Os dois ficaram no local enquanto atuavam em uma festa da cidade vizinha de Águas Vermelhas.
O caso foi registrado em um Boletim de Ocorrência na noite do último sábado (15/07/2017), ao qual O Tempo teve acesso. A vítima relatou que saiu de seu quarto para solicitar o jantar e, ao retornar, parou no bebedouro para encher sua garrafa de água. Neste momento ela foi surpreendida por seu superior, que tentou abraçá-la a força. Assustada, ela teria empurrado o tenente e correu para o quarto.
Em seguida o militar teria ido até o quarto da vítima para conversar com a soldado, quando teria dito: “Uai, não pode não? Te dar um abraço de carinho? Pensei que você era assim”. Neste momento a policial teria respondido que ele deveria respeitá-la, pois nunca deu liberdade para o militar e que tal conduta não seria apropriada e nem aceita pela PM. Neste momento o tenente teria dito, em tom ameaçador, que então iria tratar a subordinada de forma diferenciada.
Após a denúncia, o suspeito do abuso foi ouvido e alegou que, durante o café da manhã, a soldado teria dito que ele era uma pessoa “fechada”, que conversava pouco e que ele deveria ser mais aberto, tendo respondido que era seu jeito “por ser casado e evangélico”. O militar disse ainda que desde que foi trabalhar na unidade policial a mulher “se insinuava” para ele, buscando conversar quando ele ia à cozinha.
Ainda na versão do tenente, já na parte da noite, com o objetivo de mudar a percepção negativa que a vítima tinha e para demonstrar que também é uma pessoa “fraterna e amiga”, resolveu pedir um abraço à vítima e falar que estava ali para ajudá-la, pois é bacharel em direito e a soldado é aluna do mesmo curso.
Conforme o comandante, a vítima interpretou a tentativa de abraço como sendo de conotação sexual, tendo ele pedido desculpas na hora e depois, após ir ao seu quarto. Ele alegou ainda acreditar que a mulher e o outro soldado que atuavam juntos no evento teriam feito um “acordo” para prejudicá-lo.
O responsável pela Sala de Imprensa da Polícia Militar, major Flávio Santiago, confirmou que o boletim de ocorrência foi feito no local e disse que foi instaurado um procedimento para apurar o caso. Segundo ele, foi feito um boletim de ocorrência por importunação ofensiva ao pudor – ou seja, um comportamento assediante.
Segundo ele, os dois serão ouvidos e as imagens da câmera de segurança onde foi registrada a ocorrência serão analisadas. Segundo o major, serão resguardados os direitos dos militares enquanto houver a apuração. O procedimento tem 40 dias para ser concluído.

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